Comportamento de risco eleva infecções sexualmente transmissíveis no Brasil
O cenário brasileiro mostra que o comportamento de risco vem impedindo o País de avançar no combate às infecções sexualmente transmissíveis. Para incentivar o uso da camisinha e informar principalmente os jovens sobre os riscos e consequências de contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), o Governo Federal lançou, neste sábado (8), a campanha “usar camisinha é uma responsa de todos”.
Com veiculação em TV aberta e fechada, rádio, Internet, cinema e mídia exterior, a campanha utiliza a linguagem da Poesia Slam – movimento popular entre os jovens que usa a batalha de poesias associadas à conscientização para gerar debates sobre temas diversos.
A campanha de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) é permanente. O objetivo é propor uma mudança de comportamento entre jovens, de 15 a 29 anos, quanto ao uso do preservativo para evitar doenças como sífilis, herpes genital, gonorreia e HPV.
A camisinha, distribuída gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), é a forma mais simples e eficaz de se proteger não só do HIV/Aids, mas também da sífilis, da gonorreia, de hepatites virais e até do zika vírus, além de evitar uma gravidez não planejada.
Neste ano, o Ministério da Saúde vai distribuir, ao todo, 570 milhões de preservativos e géis lubrificantes para todo o Brasil. A quantidade representa aumento de 12% em relação ao ano passado, quando foram enviados 509,9 milhões aos estados. Para o Carnaval, todo o País estará abastecido com 128,5 milhões de preservativos, garantindo a proteção dos foliões contra as ISTs.
Infecções Sexualmente Transmissíveis
As infecções transmitidas por relação sexual são causadas por dezenas de vírus e bactérias durante o contato sexual, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada. Por isso, a importância de reforçar constantemente a necessidade de proteção, incentivando o uso de camisinha, principalmente durante o Carnaval.
As ISTs aumentam em até 18 vezes a chance de infecção pelo HIV/Aids. Isso porque as Infecções Sexualmente Transmissíveis geralmente causam lesões nos órgãos genitais, o que aumenta a vulnerabilidade para a pessoa adquirir o HIV, por meio do contato com secreções e sangue. Sem contar que as ISTs, como sífilis, gonorreia e clamídia, por exemplo, podem causar malformações de feto e, inclusive levar ao óbito, entre outras complicações.